quinta-feira, 9 de abril de 2009

Engenhos e Histórias

Engenho Olho D'Água da Prata - Alagoa Nova/PB

Engenho Lagoa Verde- Alagoa Grande



Engenho Urucú -Alagoa Nova



Engenho Carro- Areia



Engenho Gameleira- Areia

A civilização dos engenhos do Nordeste brasileiro deixou raízes profundas, tanto que ainda sobrevivem não só na memória local, mas concretamente. Não são apenas construções seculares abandonadas, como em muitos casos, mas também a manutenção de uma atividade que represente a riqueza da região nordestina em determinada época.Os engenhos no interior nordestino surgiram bem depois dos engenhos localizados na faixa litorânea. Há registros da existência de engenhos no Brejo Paraibano desde a segunda metade do século XVIII. Tal fato depreende-se da referencia feita por Horácio de Almeida em sua obra: Brejo de Areia de 1958, ao Governador da Capitania da Paraíba, Francisco de Miranda Henriques: “Homem probo e moderado, governou a Capitania da Paraíba de 1761 a 1764. Terminado o governo fixou-se em Areia, no engenho Bolandeira, onde veio a falecer em avançada idade”.Diante da informação acima, infere-se que os primeiros engenhos do município de Areia surgiram há cerca de 240 anos. Esse registro é o mais fidedigno que existe em termos do aparecimento dos engenhos no Brejo Paraibano, consequentemente, o mais citado. Entretanto, tomando como base menções feitas pelos habitantes de Areia, não se descarta a possibilidade de ter engenhos antes dessa época, a despeito ausência de comprovação nos anais da história do território.Os engenhos implantados no Brejo, a partir do século XVIII, seguiram os moldes dos engenhos do litoral nordestino, apesar de não gozarem da mesma opulência e posição privilegiada deste últimos, que foram o símbolo da aristocracia rural brasileira desde o período colonial. O surgimento dos engenhos no Brejo fez nascer uma pequena burguesia rural em torno desta atividade produtiva.Os engenhos do Brejo não acompanharam a suntuosidade das edificações dos engenhos do litoral, mas alguns deles chegaram a alcançar um certo grau de importância econômica em relação a estes últimos, nas épocas áureas do açúcar, como os engenhos Vaca Brava em Areia, Goiamunduba em Bananeiras e Olho D’Água de Bujari em Alagoa Nova. A maioria dos engenhos do Brejo possuíam menos porte do que os do litoral, porém os edifícios dos mais antigos que restaram nesta microrregião também podem ser considerados espécimes da arquitetura dos antigos engenhos de açúcar do Brasil.Existiam no Brejo Paraibano cerca de 294 engenhos catalogados pelo pesquisador Antonio Augusto de Almeida em 1994. Passados cerca de 240 anos, atualmente existem (dados do IBGE de 2000) 52 engenhos ativos, apesar deste número reduzido de engenhos, eles ainda permanecem em número relativamente significativo. Eles estão divididos em 28 estão no município de Areia, 5 em Alagoa Grande, 6 em Alagoa Nova, 1 em Bananeiras, 2 em Borborema, 5 em Pilões e 5 em Serraria. Destes 52 engenhos, 25 produzem apenas aguardente; 8 produzem apenas rapadura e 19 fabricam aguardente e rapadura conjuntamente.Os engenhos não poderiam desaparecer do Brejo Paraibano, uma vez que está marcada pela tradição do cultivo e processamento da cana-de-açúcar. A manutenção de hábitos, costumes e tradições seculares, no caso e questão, em termos de produção, não sucumbiu, mesmo que apontasse alternativa neste sentido. No caso do Brejo, essa tradição produtiva vem persistindo na região por quase dois séculos e meio.

Engenhos e Histórias


Engenho Capim Assú - Alagoa Nova/PB


Eis aqui a relação com os nomes de todos os engenhos que existiram na microrregião do Brejo Paraibano, desde o século XVIII. Esta lista foi extraída do livro; Brejo Paraibano: Contribuição para o inventário do patrimônio cultural. Museu do Brejo Paraibano, Areia-PB. Antonio Augusto Almeida, João Pessoa, 1994.
ALAGOA GRANDEAraticum, Barra Nova, Belo Monte, Bonfim, Brejinho, Carnaval, Covão, Gavião, Gregório de Baixo, Gregório de Cima, Grutão, Jacu, Lagoa Verde, Mandaú, Mares, Novo, Primavera, Engenho do Meio, Paquevira, Pirauá, Quitéria, Serra Grande, Ribeiro de Baixo, Ribeiro de Cima, Santa Clara, São Mateus, Sapucaia, Serrotinho, Tabocas, Tanques, Triunfo, Zumbi.Segundo o historiador José Avelar podemos identificar ainda os engenhos: Jordão, Capoeira, São José, Rapador, Capivara, Riachão e Balancinho.
ALAGOA NOVAAlagoinha, Angelim, Bacupari, Ba

Engenho Beatriz- Alagoa Nova/ PB


rra do Camará, Beatriz, Boa Vista, Bonito, Buraco d’Água I, II e III, Cajueiro, Camará, Camará Novo, Capim Açu, Cruz, Cuité, Geraldo, Geraldo de Cima, Guaribas, Horta, Jardim, Marzagão, Nova Horta, Novo, Olho d’Água, Ourique, Palmeira, Pau d’Arco I e II, Pedra d’Água, Ribeiro, Santo Antonio, Santo Antonio de Baixo, Santo Antonio de Cima, São Braz, São Miguel, Santa Rita (Assis), Queira Deus, São Tomé, São Severino (Macaibinha), São Vicente, Sapé, Serra Preta I e II, Urucu, Vitória.
Observação: Muitos engenhos dessa relação não existem mais, apenas seis funcionando.
AREIAAlagoinha, Almécega, Angelim, Araticum, Barra do Câmara, Barra do Quati, Bela Vista, Boa Vista, Boa Vista do Narciso, Bolandeira, Bom Retiro, Bondó de Cima, Bondó de Baixo, Bonfim, Bruxaxá, Bujari, Bujari de José Correia, Cachoeira, Cacimbinha, Caiana, Caiana de Franklin, Cajueiro, Cajueiro (Escarlate I), Canadá, Candiota, Carrapateira, Carro, Cepilho, Cipó, Chã do Jardim, Coqueiro, Covão (Santa Isabel), Cumbe, Deserto, Engenho do Meio (Bujari), Escarlate II, Escondido, Estreito, Fechado de Cima, Floresta (Timbozinho), Frexeiro, Gameleira, Gitó, Gogó, Gravatá Açu, Grutas de Cobras, Grutão, Guarany (Senhor do Bonfim), Guarim, Ipueira Grande, Ipueira de J. Branco, Ip

Engenho Baixa Verde - Serraria /PB.


ueira de Osvaldo Pina, Ipueira de São João, Ipueirinha, Japaranduba, Jardim, Jatobá, Jussara, Jussarinha, Lajinha, Lameiro, Laranjeiras, Lavapés, Lino, Macacos, Macaíba I, Macaíba II, Maçaranduba, Mandaú, Marzagão, Mata Limpa de Baixo, Mata Limpa de Cima, Marcês (Caipora), Mineiro, Mundo Novo, Mufumbo, Mufumbinho, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora das Graças (Buraco), Novo, Olho d'Água de Baixo, Olho D'Água, Olho d'Água dos Cavalos, Olho d'Água do Meio, Pacas, Panelas, Patrício, Pau d'Arco, Pau Ferro de Baixo, Pau Ferro de Cima, Pedregulho, Pindoba, Pitombeira, Quati, Quebra, Riachão, Riacho de Facas, Rio Branco (Tiborna), Saboeiro, Saburá, São Benedito, São Francisco, São João (Sítio Riachão), São José do Bonfim, São José, São José de M. Maia, São Luiz, São Pedro (do Mofo), São Sebastião, São Vicente (Riachão), Santa Helena (Fechado), Santa Irene (Marzagão d'Água), Santa Isabel (Várzea Nova), Santa Tereza (Coruja), Sapucaia, Socorro, Tapuio, Timbaúba I, Timbaúba II, Timbaúba de A. Costa, Timbó, Triunfo, Vaca Brava de Baixo, Vaca Brava de Cima, Vaca Brava do Meio, Várzea, Várzea do Carrapato, Várzea do Coaty e Viração.Muitos destes engenhos não existem mais.
BANANEIRASAngelim, Angico, Barreiros, Camará, Cumati, Estivas, Goiamunduba de Cima, Goiamunduba de Baixo, Henrique Leite, Jardim, Jatobá, Lagoa do Matias, Manitú, Nova Vista, Oiticica, Roma, Santa Maria, São José, São Sebastião.



BORBOREMABorborema, Boa Vista, Camucá, Canafístula, Gamelas, Jardim de Tanques, Jenipapo, Junqueira, Laranjeiras (Belo Horizonte), Poço Escuro, Samambaia, São Tomás, Tanques.
PILÕESAvarzeado de Baixo, Avarzeado de Cima, Boa Fé, Canadá, Cantinhos, Independência, Ipiranga, Labirinto, Manga do Frade, Mercês, Olho d’Água de Pintura, Pasta, Pinturas de Baixo, Pintura de Cima, Poções, Rio do Braz, Rio da Volta, Santa Cruz, Santa Cruz de Cima, Santana (Riachão), São Bento, São Francisco, São Gonçalo, São Sebastião, Tabocal, Várzea, Veneza.
SERRARIA Campo Verde, Paulo Afonso, Tapuio, Belo Horizonte, Laranjeiras, Serraria, Jardim, Martiniano, Coitezeira, Baixa Verde, São Tomé, Paraná, Saboeiro, Guabiraba, Avenca, Nova Vista, Triunfo (Cafundó), Marzagão, São Geraldo, Cajazeira, Lagoa do Mato, Labirinto, São Bento, Santo Antonio, Fechado, Barrado Salgado.
ALAGOINHABalancinho, Monte Alegre, P

Casa Grande do Engenho Laranjeiras


Pilões /PB



é de Serra, Ribeiro Grande, São João, Tremedal, União.
CUITEGÍEspinho, Livramento, Gameleira, Palmeira.
PILÕEZINHOSAmarelinha, Guarabira, Olho d’Água, João da Silva, Lameiro, Gameleira.
PIRPIRITUBABoca de Mata, Cacimbas, Guaraná, Pedra d’Água, Retiro, Riachão, Riachão do Padre, São Francisco, Vinte e Cinco.
REMÍGIOCapim de Cheiro, Jenipapo, Mata Redonda, Caiana.SOLÂNEABoa Esperança, Espírito Santo, Olho d’Água Seco
Casa Grande do Engenho Lagoa do Matias

Bananeiras/PB



















Município de Pilões/ PB



HISTÓRIA DA CIDADE
A colonização de Pilões sofreu muitas influências da penetração comercial exercida por Mamanguape. Não se sabe ao certo quem lançou o marco desse povoado. Segundo a tradição, teriam sido os membros das famílias Aroubas e Abreu, mas nada se pode comprovar. Em 1818, surgiram os primeiros nomes registrados pela história como pioneiros da colonização daquela comunidade: João Crisóstomo, José Leandro Correia, Rufo Correia Lima, Antônio José da Cunha, sendo quase todos procedentes de Mamanguape. A Corografia de Beaurepaire Roham, de 1860, versando sobre areia, dava Pilões com o seu distrito já possuindo uma capela que teria sido a sua primeira construção. Padre Ibiapina mais tarde deu consistência à capela, tornado-a matriz da freguesia, que foi criada em 1876.

Breve Histórico de Serraria/ PB




Município de Serraria/ PB

Aspectos Históricos
Os primórdios da cidade estão relacionados com a instalação de uma antiguíssima tenda de ofícios de serraria no lugar que deu origem a um povoado e, posteriormente, a existência da vila que teve o nome de Serraria. O lugar é o mesmo onde está erguida a Igreja-Matriz do Sagrado Coração de Jesus. Antes de ser, propriamente, uma igreja, foi uma humilde capela no interior da qual existia um altar em louvor a Nossa Senhora da Boa Morte.
No interior dessa capela, celebrava missas o vigário-doutor José Antônio de Maria Ibiapina. Segundo apontamentos de Coriolano de Medeiros nas Páginas do Dicionário Corográfico da Paraíba, os primeiros colonos que se estabeleceram nos terrenos do atual município de Serraria vieram, desde Mamanguape para a formação da antiga Missão de Santo Antônio da Boa Vista, no começo do Século XVIII. Antes de ocuparem as terras de Serraria, esses colonos fundaram a Vila de Pilões, a qual recebeu o benefício da implantação de fazendas de gado e engenhos para a fabricação de rapaduras. Em 1851 - relata Coriolano de Medeiros, - tornou-se habitual a retirada de matas para a fabricação de tábuas e utensílios domésticos. No topo de uma serra instalou-se uma serraria, nos terrenos que pertenciam a um desbravador de nome Manoel Birindiba. Naquele local, longe da freguesia de Pilões teve início um povoado que ficou conhecido como Serraria. A primeira casa do lugar pertenceu a Faustino do Rosário e foi construída em 1860. Naquele tempo era intensa a exploração das matas para a obtenção de madeiras. Serraria, simples povoado, cresceu e superou a Vila de Pilões da qual transformou-se em sede, através da Lei nº 80 de 13 de Outubro de 1897 num decreto assinado pelo então presidente da Província da Paraíba, Antônio Alfredo da Gama e Meio.
A população da atual cidade de Serraria considera o dia 13 de outubro a sua data histórica de emancipação política, muito embora a verdadeira datação para a existência do município seja o dia 31 de Dezembro de 1943, de acordo com a Lei Estadual nº 420.
O confronto dessas datas gerou polêmica, principalmente pela interpretação de que a independência política de Serraria começou, de fato, no dia 13 de Outubro de 1897 -quando foi criado no "Termo de Serraria, a vara de juiz Municipal letrado, ou seja, bacharel em Direito", segundo entendimento do historiador Sebastião de Azevedo Bastos.
Atrações Turísticas
Serraria é famosa pela sua paisagem serrana e seu clima agradável. Antigamente, a região teve muitas florestas de palmeiras. Vales verdejantes adornam velhos engenhos onde se formou um tipo de aristocracia rural, de nomes ilustres, como os Duarte e os Santos Lima.
O Engenho Baixa Verde tem arquitetura imponente e guarda o seu aspecto original, com capela, casa curada, casa grande e portentoso gradis que guarnecem um pátio que servia, no passado, para a secagem do café.
Uma visita ao Baixa Verde favorece a visão do grande engenho senhorial de antigamente. O local é propriedade privada da família Spínola. Os visitantes serão bem-vindos mas devem comunicar, previamente.
Próximo ao Engenho Baixa Verde está uma floresta conhecida como Mata do Grilo. O local tem preservação ecológica e guarda uma atração especial: -a Pedra da Furna, antiga residência de Índios. Para visitá-la o turista deve ter espírito aventureiro pois as trilhas são precárias e faz-se necessária o acompanhamento de guias experientes.
No ambiente do Engenho Baixa Verde foram realizadas as filmagens "de época" para um documentário sobre o histórico passado de Serraria.
No Engenho Pousada Laranjeiras, instalado num ambiente caracteristicamente rural, os visitantes podem desfrutar dos confortos e serviços de um hotel turístico. A pousada oferece excelentes opções de cardápio, banhos de bica e piscina, passeios a cavalo e bons apartamentos.
Aspectos Geográficos
Serraria está. situada na Zona Fisiográfica do Brejo Paraibano, tendo como municípios limítrofes: Pilões, Pilõeszinho, Areia, Borborema, Arara, Solânea e Bananeiras. Dista, em linha reta, da capital do Estado, 88 quilômetros. A distância rodoviária altera a medição para 123 quilômetros. A área do município é de 177 quilômetros quadrados.
O sítio urbano onde está assentada a cidade ocupa a parte mais alta da cordilheira oriental da Borborema, numa a1titude de 526 metros em relação ao nível do mar.
Saúde
Os serviços da assistência à saúde, em Serraria estão concentrados no Hospital e Maternidade Ovídio Duarte, em ampliação e reformas. 0 hospital dispõe de 16 leitos para internamentos e para o tratamento de patologias simples. Seis médicos, três odontólogos e uma enfermeira-chefe são contratados para atendimentos públicos, em geral. Casos mais graves de enfermidade são transferidos para Guarabira, Campina Grande e João Pessoa.
Até 1997, a cidade de Serraria ainda não havia implantado o programa dos Agentes Comunitários de Saúde. As campanhas de vacinação são feitas periodicamente, por agregação e programas da Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba.
As estruturas do serviço público da saúde são completamentados pelo Centro de Saúde Maria Antonieta e por quatro postos localizados na zona rural.
Aspectos Culturais
A população de Serraria é, predominantemente Católica. A principal festa religiosa é promovida no dia 31 de dezembro, data consagrada ao Sagrado Coração de Jesus. O aniversário de emancipação política do município é comemorado em 13 de outubro.
São muitos os clubes de futebol da cidade e da zona rural. As equipes mais conhecidas são: Colorado, Avenida, Floresta, Serra-Mirim, Princesa e Gambá. Até pouco tempo existiu o Botafogo.
Nos folguedos populares, Serraria é destaque pela promoção de Cavalhadas, conhecidas ali pelo nome de Corrida das Argolinhas.
Serraria manteve, até pouco tempo, o Grêmio Literário Castro Pinto. Peças de teatro, sem calendário prévio, podem ser montadas no Salão Social da Prefeitura Municipal de Serraria. As festas dançantes são realizadas no ambiente do Clube Recreativo Serrariense, cuja sede foi construída num dos pontos mais elevados de Serraria. Nas noites de festa ninguém sente calor, muito pelo contrário, todos procuram espantar o frio nas danças e quadrilhas bem animadas.
Educação
Serraria dispõe de trinta e uma escolas públicas. Desse total, vinte nove pertencem à rede municipal e duas à rede estadual. No ano de 1997, foram matriculados 1.723 alunos, incluindo-se aqueles das zonas rurais.
Através de convênio firmado entre a Prefeitura Municipal de Serraria e a Secretaria de Educação e Cultura do Governo do Estado da Paraíba, os professores da rede municipal de Serraria recebem treinamento e reciclagem na vizinha cidade de Picuí. O Programa Vídeo-Escola funciona, apenas, nas escolas da rede estadual. O município fornece transporte gratuito para estudantes, tanto da zona rural para a cidade como para Guarabira. Serraria dispõe de trinta e uma escolas públicas. Desse total, vinte nove pertencem à rede municipal e duas à rede estadual. No ano de 1997, foram matriculados 1.723 alunos, incluindo-se aqueles das zonas rurais. Através de convênio firmado entre a Prefeitura Municipal de Serraria e a Secretaria de Educação e Cultura do Governo do Estado da Paraíba, os professores da rede municipal de Serraria recebem treinamento e reciclagem na vizinha cidade de Picuí.
O Programa Vídeo-Escola funciona, apenas, nas escolas da rede estadual. O município fornece transporte gratuito para estudantes, tanto da zona rural para a cidade como para Guarabira.
Economia
Em três ciclos distintos que se sobrepuseram através dos tempos, foi a agricultura a principal atividade econômica de Serraria. O primeiro ciclo foi o das fazendas de café e dos engenhos de cana de açúcar. A produção dos canaviais fez desaparecer a atividade cafeeira abrindo fronteiras agrícolas para o predomínio, quase absoluto, dos engenhos que fabricavam rapaduras, açúcar mascavo, aguardentes e caxixis. O município teve 47 dessas unidades de produção, todas elas contribuindo para que a população rural fosse maior que a dos moradores da zona urbana.
Com o aparecimento das grandes usinas, os engenhos foram paralisando suas moendas. Seus proprietários transformaram-se em meros fornecedores de cana para a grande indústria sucro-alcoleira. Com a falência da Usina Santa Maria, de Areia, que era a principal compradora da cana, aconteceu a grande crise que abalou profundamente a economia agrícola de Serraria. Engenhos tradicionais como o Paulo Afonso, o Baixa Verde e o Laranjeiras apagaram o fogo dos seus bueiros e passaram a usar suas terras para o plantio intensivo de bananeiras e, também, para o criatório de gado.
A cultura da banana transformou-se, portanto, nos últimos anos, na principal atividade econômica de Serraria. O município não tem indústrias mas pretende, pelas suas classes produtoras, transforma-se na sede de empreendimento agro-industrial para a fabricação de doces e farinha de banana, para exportação.
As terras de Serraria são boas para a fruticultura. Pequenas áreas estão plantadas com laranjais.
Outra atividade permanente na agricultura de Serraria é a produção da mandioca, quantidade suficiente para manter diversas Casas-de-farinha em constante operação.

Breve Histórico de Bananeiras/PB.

Município de Bananeiras/ PB






Conhecer Bananeiras, no Brejo Paraibano, a 141 Km de João Pessoa, é misturar lendas, fatos e tradições. A própria história do município dá exemplo disso. Coriolano de Medeiros diz que a colonização de Bananeiras iniciou na segunda ou terceira década do Século XVII. Entre seus pioneiros desbravadores, o historiador cita Zacarias de Melo e Domingos Vieira, procedentes da Vila de Monte-mor (a Mamanguape e atual). Eles obtiveram sesmarias na região em 1716, escolhendo glebas nas proximidades de uma lagoa, que corria no fundo de um vale. Ali, existiam ocorrências de pacoveiras, uma bananeira rústica, que produzia frutos inadequados para o consumo humano. Daí surgiu o nome Bananeiras, que passou a denominar o município. Esta é a versão histórica, até hoje aceita pelos estudiosos.
Novais Junior acrescenta um lance romântico à fundação de Bananeiras. Segundo ele, o caçador Gregório da Costa Soares saiu com alguns amigos de um acampamento em Sucurú da Serra do Cuité e conseguiu chegar a Bananeiras, na região do Brejo, a mais de 100 Km de distância. Corria o ano de 1762. Gregório perdeu-se dos companheiros, nos contrafortes da Serra da Cupaóba. Acabou aprisionado por índios da região.
Eram índios antropófagos... Nos rituais de guerra ou religiosos, costumavam devorar os inimigos aprisionados. E este seria o fim de Gregório, se mãos hábeis não desatassem os cipós que o amarravam a uma estaca. Ele ia ser sacrificado na manhã seguinte. O misterioso salvador correu madrugada adentro, com Gregório às costas. Ao amanhecer, o caçador notou que seu anjo benfeitor era uma formosa índia, que o levara a salvo até a aldeia de Santo Antônio da Boa Vista (seria o território que hoje forma Borborema ou Pirpirituba).
Satisfeita por haver salvo o homem que seria seu marido, a índia beijou-lhe as mãos e chorou de alegria. Gregório, que prometera a Nossa Senhora do Livramento erguer uma capela em sua homenagem, casou com a bela índia, que recebeu o nome de Maria do Livramento. Em 7 de abril de 1763, o tabelião Vicente Ferreira Serrano lavrou escritura de uma parte de terras doadas por Gregório, para a construção da Capela de Nossa Senhora do Livramento. Depois de seguidas reformas, a capelinha de taipa transformou-se na atual Matriz de Bananeiras, um templo de formas arquitetônicas interessantes, que desperta a curiosidade dos turistas.
Celso Mariz sustenta que a partir de 1624 a região de Bananeiras já estava sendo ocupada por donatários, que adquiriam terras para a criação de gado e a implantação de engenhos movidos à água. Documentos comprovam que a região da Serra da Cupaóba, por essa época, já possuía glebas ocupadas por Ambrósio Brandão, André Dias de Figueiredo, Duarte Gomes da Silveira e outros pioneiros.


Ramal de Bananeiras - km 293 (1960) PB-3192
Inauguração: 30.07.1925 Uso atual: hotel sem trilhos Data de construção do prédio atual: 1922
HISTORICO DA LINHA: O ramal de Bananeiras teve seu primeiro trecho entregue em 1910 e chegou em Bananeiras somente em 1925. Foram 15 anos para entregar 35 quilômetros, Deveria avançar mais outros 35-40 km para atingir Picuhy, o que jamais aconteceu. Em 1966, o trem deixou de circular pelo ramal. Em 18/04/1970, o ramal foi oficialmente suprimido. A ESTAÇÃO: A estação de Bananeiras foi inaugurada em 1925 pela Great Western, como ponta de linha do ramal de Bananeiras. A estrada na época se chamava E. F. Independência ao Picuhy, e deveria ligar a estação de Indepenência (hoje Guarabira), saindo pela estação de Itamataí, na linha Norte da Great Western, à loclidade de Picuhy. Em 1922, o ramal chegava apenas à estação de Manitu e ainda não havia atingido Bananeiras, mas a estação já estava pronta (ver foto abaixo), embora os trilhos ainda não existissem. Eles chegaram em 1925 e a estação foi então aberta. Dali, entretanto, o ramal não passou, nunca chegou ao Picuhy. "Bananeiras foi o maior produtor de café da Paraíba e o segundo do Nordeste. Em 1852, o café de Bananeiras rivalizava em qualidade e aceitação com o de São Paulo. Aqui, produzia-se um milhão de sacas ao ano. O transporte era precário. Fazer o produto chegar aos principais centros consumidores se constituía em ato de heroismo. O trem só chegaria 72 anos depois. Os casarões que ainda existem no centro das áreas urbana e rural são resultado da opulência vivida pela aristocracia rural. O dinheiro do café permitia a construção de palacetes, com ladrilhos importados. O fausto do café acabou em 1923, com a praga Cerococus paraibensis que contaminou as plantações. A cana-de-açúcar, o fumo, o arroz e, posteriormente, o sisal, passaram a figurar como produtos estratégicos da economia regional. O trem chegou a Bananeiras em 22 de setembro de 1922, após a construção do túnel da Serra da Viração, no governo de Solon de Lucena, um ilustre filho da terra. Este homem dizia que 'o trem chegaria a Bananeiras nem que fosse por baixo da terra'. Profecia? Quase. A tecnologia anglo-brasileira teve de perfurar um túnel de 202 m, na pedra maciça, para que o trem atingisse Bananeiras, após passar pela vila de Camucá, a atual Borborema. A linha férrea foi desativada em 1967. A antiga estação de trens foi transformada no Hotel Pousada do Brejo. Não houve modificação arquitetônica externa" (do site www.bananeiras.pb.gov.br). Ou seja, o trem chegou exatamente quando o café foi dizimado. Em 18/04/1970, o ramal foi suprimido pela RFFSA. (Fontes: Guias Levi, 1932-1984; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Site www.bananeiras.pb.gov.br; Revista Ilustração Brasileira, 1922; Jonatas Rodrigues)

Consultoria Tecnica em Turismo

Paisagem Bucólica de Serraria



Engenho Serra Preta - Alagoa Nova/PB





Cooperativa das Flores- Pilões/PB




Trilha de Goiamunduba- Bananeiras/PB


Nos dias 05,06 e 07 de abril de 2009, o Brejo Paraibano contou com a visita técnica do Consultor de Turismo do IMB/MTUR/SEBRAE Felipe Dantas ,onde esteve nos municipios de Alagoa Nova, Pilões, Bananeiras e Serraria.
O Objetivo desta visita técnica é avaliar os equipamentos turisticos dos municipios do Brejo, que estão inseridos no Roteiro Integrado Civilização do Açúcar. A visita técnica contou com o acompanhamento do Fórum de Turismo do Brejo na pessoa da Secretária Vânia Galdino da cidade de Alagoa Nova. O desafio dos municipios inseridos no Roteiro é preparar todos os equipamentos turisticos avaliados pelos consultores até o dia 25 de maio de 2009.
Dia 30 de abril de 2009, o Comitê Gestor das Ações do Roteiro Civilização do Açúcar, estará validando o Projeto, e apresentando o Produto Turistico Integrado Civilização do Açúcar - Alagoas, Paraiba e Pernambuco, no Salão de Turismo em São Paulo, nos dias 01 a 07 de julho de 2009. O desafio está lançado e temos que correr contra o tempo para que este produto tenha êxito no Mercado Turistico.